Enquanto a campanha do PT tenta minimizar os efeitos do novo escândalo
de corrupção, agora na Petrobras, a imprensa internacional dá como certo
o prejuízo à campanha do PT e a mudança de rumos na eleição. Confira revista ABAIXO!
De acordo com uma reportagem publicada no sábado pela revista Veja,
Costa teria citado mais de 30 nomes, entre deputados, senadores,
governadores e ministros, como beneficiários de um esquema de propina
envolvendo contratos da estatal.
A reportagem não traz detalhes, documentos nem valores sobre o
possível esquema. Os nomes, segundo a revista, teriam sido mencionados
por Costa à Polícia Federal durante 40 horas de depoimento, como parte
do acordo de delação premiada que o ex-diretor fez com procuradores da
força-tarefa da Operação Lava Jato.
A operação Lava Jato foi deflagrada em março com
a prisão do doleiro Alberto Yousseff, acusado de liderar um esquema de
lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.
'Homem-bomba'
Ex-diretor de abastecimento e refino da
Petrobras entre 2004 e 2012, Costa é suspeito de intermediar negócios
entre a estatal e fornecedores, e distribuir propina a políticos.
Ele foi preso em 20 de março deste ano por
tentar ocultar provas de esquema de lavagem de dinheiro e solto cerca de
um mês depois. Em junho, voltou à prisão e aceitou acordo de delação
premiada.
Segundo a Veja, Costa teria afirmado à
Polícia Federal que os políticos citados por ele ficariam com uma
comissão de 3% sobre o valor de contratos firmados pela Petrobras.
Ainda de acordo com a reportagem, o ex-diretor
de abastecimento da Petrobras teria admitido pela primeira vez que
empreiteiras envolvidas em contrato com a estatal eram obrigadas a
contribuir para um caixa paralelo.
A reportagem da revista também faz menção à
compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, contra a qual pesam
denúncias de superfaturamento. Segundo a publicação, Costa disse que a
aquisição da planta teria servido para abastecer o caixa de partidos e
como propina para os envolvidos no esquema.
Reações
O conteúdo da publicação gerou reações em todo o espectro político, inclusive dos presidenciáveis.
Neste domingo, o ministro-chefe da
Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, minimizou o impacto
das denúncias feitas por Costa, chamando-as de "boataria".
"Acho que estão tentando usar essa delação
premiada, ou melhor, a notícia parcial de vazamento não confiável, para
tentar, um pouco no desespero, mudar o rumo da campanha", afirmou
Carvalho, que não figura na suposta lista de políticos relatada por
Costa.
"Não posso tomar como denúncia contra a base aliada uma boataria de um vazamento, de um procedimento que eu não sei qual é".
"Vazamento é sempre condenável; pode ser usada por um advogado de um réu para prejudicar outro...", acrescentou.
Já o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso,
afirmou que as denúncias vão ser investigadas. "O inquérito corre em
sigilo por isso não é possível fazer nenhuma valoração a respeito".
Confira abaixo as reações dos principais
candidatos à Presidência à reportagem da revista Veja sobre as supostas
denúncias de Paulo Roberto Costa.
Dilma Rousseff: "[Uma
reportagem] não lança suspeita nenhuma sobre o governo, na medida em que
ninguém do governo foi oficialmente acusado". "Ao ter os dados eu
tomarei todas as providências cabíveis, tomarei todas as medidas,
inclusive, se tiver que tomar medidas mais fortes".
Aécio Neves: "Não dá para a
presidente Dilma dizer que não sabia o que vinha acontecendo. A marca
mais perversa do governo do PT é o aparelhamento do Estado. Eles têm um
plano para se perpetuar no poder, causando situações como esta da
Petrobras. Os cargos de direção precisam ser ocupados por pessoas sem
ligação com partidos políticos e não por pessoas que negociem, troquem
favores".
Marina Silva: "O PT e o PSDB
estão juntos numa campanha desleal, que afronta a inteligência da
sociedade brasileira fazendo todo o tipo de difamação, calúnias,
desconstrução do nosso projeto político e da minha pessoa, enquanto o
que estamos fazendo é discutindo e dialogando". "Nós queremos as
investigações. Não queremos que prevaleça a estratégia leviana que já se
faça associação inclusive (com integrantes do partido dela, PSB)
esquecendo a grande quantidade de envolvidos que estão por aí vivos e
muito aptos a continuar diminuindo o patrimônio público."
Fontes:
Revista VEJA
BBC Brasil
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